Quando os festivais vingaram em definito em Portugal, já eu tinha uma certa idade e por isso nunca embarquei naquela lógica de festivaleiro e de ir a um desses eventos mais pelo acontecimento em si do que propriamente pelas bandas que lá vão atuar.
O que me leva sempre a ir a um festival não é, nem nunca foi, o estar em determinado ambiente ou local, os “presentes” que por lá oferecem, o consumo de álcool ou lá do que seja, ou então para dizer a toda a gente que estou ali e que por isso, vá-se lá saber porquê, sou o maior.
O que sempre fez com que comprasse um bilhete para um festival foi uma banda específica que o cartaz oferecia. Diga-mos que ao comprar o bilhete, na minha cabeça era quase como se estivesse a comprar para um concerto normal, num qualquer local.
Este ano, e pela primeira vez, adquiri um passe para a totalidade de um festival. Estou a falar do Super Bock Super Rock 2015, que na minha opinião é aquele que apresenta o melhor cartaz para a temporada que aí vem.
Um dos primeiros nomes a ser apresentado foi o de Noel Gallagher e logo aí tomei a decisão de ir ao primeiro dia. Depois, veio a confirmação de Florence and The Machine, que inicialmente por si só não me convenceu a comprar o passe, e eu que estive para a ver quando fui ao Optimus Alive 2012 ver os The Cure. Mas depois vieram os Blur e aí tudo mudou. Para mim era “obrigatório” ir ver o génio dos Oasis e os Blur e como saía mais barato comprar o passe para os três dias do que dois bilhetes, um para cada dia, acabei por me decidir na aquisição do pack especial para todo o festival. E assim, para além dos nomes que me levam a estar presente na edição deste ano do Super Bock Super Rock, poderei assistir também a outros concertos que me interessam, nomeadamente de, já atrás referido, Florence and The Machine, Sting, Franz Ferdinand, Sérgio Godinho, infelizmente não a solo mas acompanhado com o decadente Jorge Palma.
Lá estarei, de 16 a 18 de julho, no Parque das Nações, para, pela primeira vez, estar presente em todos os dias de um festival, exatamente naquele que para mim apresenta o melhor cartaz este ano.
Texto por João Catarino