O mês mais romântico do ano, Fevereiro, não poderia começar da melhor forma: no Centro Cultural de Belém, com uma sinfonia de um compositor romântico, com a Orquestra Sinfónica Metropolitana, com um grande maestro, Emilio Pomàrico, e com “uma obra monumental, irrepreensivelmente sólida do ponto de vista técnico e carregada de poder expressivo”.
O poder expressivo da Sinfonia nº 8 de Bruckner levou a Orquestra Sinfónica Metropolitana a “arrancar” lágrimas do público no passado dia 1 de Fevereiro no Centro Cultural de Belém. A OSM (Orquestra Sinfónica Metropolitana) foi muito elogiada, tendo sido referido que a Orquestra já não tocava assim há algum tempo, e que foi preciso um Maestro como Emilio Pomàrico para “arrancar” a verdadeira orquestra que ela é e tocar da maneira que tocou: muito bem.
A orquestra tocou a Sinfonia na sua plenitude, ou seja, foram tocados os 4 andamentos que compõem a Sinfonia nº8 de Bruckner. Neste concerto não se viu o lado mais ‘ selvagem’ de Bruckner, mas sim o lado mais romântico e mais ‘suave’ do compositor, pois o maestro dominava a batuta que toda a orquestra não resistia em seguir e deixar-se fluir com os instrumentos e a música surgiu, criando sensações de arrepios no público. Mal que o maestro baixa a batuta e os músicos levantam os arcos, o público gritou “bravo”, estando todos de pé aplaudindo com imensa força, assobiando sem parar e muitos com os dedos a passar pelo canto inferior dos olhos para limpar as lágrimas de emoção.
Um momento musical que levou músicos, maestro e público a sentirem momentos únicos de nostalgia que esta sinfonia, maestro e orquestra proporcionaram.
Fotos de: Ricardo Gomes e Tiago Martinho
texto por Laura Pinheiro